Querem controlar a internet no Brasil

Sabe que a internet é uma faca de dois gumes, tem o lado interessante e importante, que faz com que as pessoas evoluam (e conversem com outras pessoas e troquem ideias e promovam o mundo 2.0). Ao mesmo tempo tem coisas muito ruins, como criminalidade envolvendo pedofilia, por exemplo.

Algumas medidas precisam ser quando se fala em criminalidade na internet, já que a internet está cada dia mais e mais na vida das pessoas. Mas o problema é quando vem o senador Azeredo e escreve um projeto de lei que, se for aprovado, faz com que milhares de usuários fossem criminalizados injustamente.

Hoje, na Folha de S. Paulo uma reportagem diz que o próprio ministro Tarso Genro é contra muitos dos artigos escritos pelo senador Azeredo, apontando detalhes como sendo ilegais.

O ministro apontou que "a aprovação do projeto de lei no Senado demonstrou o perigo de uma legislação com esses problemas ser aprovada, caso não haja reação forte e decidida dos setores democráticos da sociedade". Tarso Genro pensa em adaptar o projeto para "colocar a discussão do projeto de lei em um novo patamar, mais técnico e político, menos apaixonado".

Uma das ideias de Azeredo seria autorizar os provedores de internet a passar informações sigilosas de todos seus usuários para a justiça, em caso de suspeita de crime. O que pode abrir para a possilidade de vigilantismo e quebra de sigilos e transformar todos em criminosos.

Uma das interpretações do projeto transforma em criminosa, por exemplo, uma pessoa que baixa um arquivo de música no computador, mesmo que pago, e passe o áudio do computador para um mp3 ou um celular. Só por aí dá pra se ter ideia do que eles querem fazer com o uso da internet no Brasil.

A base da internet é ser livre com direito a troca, idas e vindas, à comunicação, às ideias, a web 2.0 e tudo isso e mais um pouco. Por isso, acontece hoje mais um ato público contra o projeto de lei do senador Azeredo, na Assembléia Legislativa de São Paulo.

Quem estiver em São Paulo e puder deve ir, quem não for TEM que se informar cada sobre o assunto, pois se trata de algo extremamente importante e decisivo para a comunicação e circulação de informações e a navegação na internet de maneira livre e justa e democrática.