terça-feira, 29 de janeiro de 2008

DOMINGO EU QUERO VER O DOMINGO PASSAR

Interessante como as coisas funcionam na mídia brasileira. O famoso jabá é algo arraigado na nossa cultura, não tem mais jeito. Talvez seja um pouco pessimista falar dessa forma, mas quando nas férias ele aparece sem ser chamado. Percebe só o que eu percebi.
No último domingo, dia 27 de janeiro, a TV brasileira teve todas suas atenções voltadas pra cantora Ivete Sangalo. Ela apareceu nos programas Tudo a Ver da apresentadora Eliana, no Domingo Legal, do Gugu e no Domingão Faustão, do mesmo. Isso sem contar que perdi os demais programas da tarde, não vi tv à noite e muito menos pela manhã.
Até aí algo meio estranho. Mas não pára por aí, há alguns domingos, não tenho certeza se dia 13 ou 6 de janeiro, enquanto eu estava firme e forte e morrendo de tédio em frente a TV, percebi que os cantores Sandy e Jr. Fizeram o mesmo caminho da cantora Ivete Sangalo. Com direito a um programa inteiro só pra eles na TV Bandeirantes, com entrevista grande e tudo.
Bom, por questões ideológicas quero esclarecer que não assisti nenhum desses programas na íntegra. Mas assumo que esses domingos não foram muito divertidos.
Voltando ao assunto, interessante como a indústria cultural brasileira não sobrevive sem o jabá. Uma das maiores saúvas da nossa cultura. Com ele a gente pode perceber algumas caras aparecendo o dia todo na tv, músicas tocando o dia todo nas rádios (vide Amy Winehouse na Rádio Eldorado FM), capas de revistas e muito mais.
Não que as aparições de Ivete e Sandy e Jr. Em praticamente todos os programas populares da TV brasileira sejam jabá. Não tenho uma fonte confirmada disso, por isso não posso acusar ninguém.
Mesmo assim é uma pena esse monopólio, que PARECE ser por causa de jabá, com tanta gente por aí precisando e merecendo aparecer na mídia.
Segue uma listinha de quem merece aparecer. Detalhe, merecem, não significa que eles querem ou necessitem aparecer.
CORDEL DO FOGO ENCANTADO
LUDOV
MARINA DE LA RIVA
MÓVEIS COLONIAIS DE ACAJU
VANGUART

Continue lendo >>

DOMINGO EU QUERO VER O DOMINGO PASSAR

Interessante como as coisas funcionam na mídia brasileira. O famoso jabá é algo arraigado na nossa cultura, não tem mais jeito. Talvez seja um pouco pessimista falar dessa forma, mas quando nas férias ele aparece sem ser chamado. Percebe só o que eu percebi.
No último domingo, dia 27 de janeiro, a TV brasileira teve todas suas atenções voltadas pra cantora Ivete Sangalo. Ela apareceu nos programas Tudo a Ver da apresentadora Eliana, no Domingo Legal, do Gugu e no Domingão Faustão, do mesmo. Isso sem contar que perdi os demais programas da tarde, não vi tv à noite e muito menos pela manhã.
Até aí algo meio estranho. Mas não pára por aí, há alguns domingos, não tenho certeza se dia 13 ou 6 de janeiro, enquanto eu estava firme e forte e morrendo de tédio em frente a TV, percebi que os cantores Sandy e Jr. Fizeram o mesmo caminho da cantora Ivete Sangalo. Com direito a um programa inteiro só pra eles na TV Bandeirantes, com entrevista grande e tudo.
Bom, por questões ideológicas quero esclarecer que não assisti nenhum desses programas na íntegra. Mas assumo que esses domingos não foram muito divertidos.
Voltando ao assunto, interessante como a indústria cultural brasileira não sobrevive sem o jabá. Uma das maiores saúvas da nossa cultura. Com ele a gente pode perceber algumas caras aparecendo o dia todo na tv, músicas tocando o dia todo nas rádios (vide Amy Winehouse na Rádio Eldorado FM), capas de revistas e muito mais.
Não que as aparições de Ivete e Sandy e Jr. Em praticamente todos os programas populares da TV brasileira sejam jabá. Não tenho uma fonte confirmada disso, por isso não posso acusar ninguém.
Mesmo assim é uma pena esse monopólio, que PARECE ser por causa de jabá, com tanta gente por aí precisando e merecendo aparecer na mídia.
Segue uma listinha de quem merece aparecer. Detalhe, merecem, não significa que eles querem ou necessitem aparecer.
CORDEL DO FOGO ENCANTADO
LUDOV
MARINA DE LA RIVA
MÓVEIS COLONIAIS DE ACAJU
VANGUART

Continue lendo >>

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

A bossa, o pop e a versatilidade de Nara Leão



No dia 19 de janeiro, a música brasileira pode lembrar de uma de suas mais importantes vozes. Esse seria o dia do aniversário da cantora Nara Leão, que se estivesse viva, completaria 66 anos. A menina que quando tinha 14 anos apenas queria tocar numa academia de violão recém aberta no Rio de Janeiro. Mas seu talento levou a cantora a ser uma das mais versáteis intérpretes da música brasileira. Tudo começou com um presente de seu pai.



A bossa
Quando Nara tinha doze anos, em 1954, seu pai, o advogado Jairo, lhe deu de presente um violão. Dois anos depois o destino dos violões da garota e da turma da futura bossa nova iriam se cruzar. É que nem todos os pais cariocas gostavam que seus filhos tocassem violão. Os pais de Roberto Menescal, em 1956 com 18 anos, cortaram sua mesada ao saber que o filho tinha escolhido ser músico em vez de arquiteto ou engenheiro. Para recuperar esse dinheiro ele resolveu montar uma academia de violão junto com seu amigo Carlinhos Lyra.

Ao saber da academia, Nara foi uma das primeiras matriculadas. Com o passar do tempo, a menina passou a levar seus novos amigos da academia para o apartamento de sua família. A partir de então, o apartamento seria um dos pontos de encontro mais importantes de uma turma formada por Roberto Menescal, Carlinhos Lyra, suas alunas, mais João Gilberto e Vinícius de Morais, entre outros. Era a turma que estava fazendo no Brasil uma nova forma de pensar a música brasileira, tudo muito diferente do que estava sendo feito até aquele momento no Brasil, em termos musicais.

Com o passar do tempo, o que eram encontros descompromissados no apartamento da linda Nara passaria a ser algo profissional na noite carioca e na música brasileira. Numa época em que aquele novo tipo de música ainda era chamado de samba moderno.

Em 1963, chegaria a vez de Nara se profissionalizar como cantora de bossa nova. O que não agradou em nada os demais integrantes daquele movimento. Todos achavam que Nara não deveria ser cantora da noite carioca, gravar discos e tudo o mais, que deveria ser apenas a musa da bossa nova. O que era inevitável. Visto que Nara participou do primeiro encontro de bossa nova, o primeiro samba session, em 1959, (onde pela primeira vez o samba moderno era chamado de Bossa Nova) e dos demais encontros da bossa.

Seu primeiro trabalho seria o espetáculo Pobre Menina Rica, montado por Vinicius de Morais e Carlinhos Lyra, com uma temporada no restaurante carioca Au Boun Gourmet. Ainda em 1963, Nara participaria do disco de Lyra, Depois do Carnaval, e lançaria seu próprio disco, o polêmico Nara, onde, pela primeira vez, a música dos morros cariocas se encontrava com a bossa nova. A cantora ficou meses produzindo o disco em seu apartamento com Cartola, Zé Kéti e Nelson do Cavaquinho.

A polêmica era essa junção de novos ritmos, uma afronta para os mais conservadores de nossa música. Nara era o que mais diferente havia em termos musicais no Brasil depois de Chega de Saudade. Nada comparado ao racha definitivo da bossa nova. Com os a favor e os que eram contra o disco Opinião, de Nara, lançado no ano seguinte. Todas as canções gravadas tinham uma temática voltada para a verdadeira realidade das classes sociais mais pobres. Apenas duas falavam de coisas a la bossa nova, como amor-flor-dor.

Esse mesmo disco ainda foi base para o show Opinião, de dezembro de 1964, com direção de Oduvaldo Viana Filho, Armando Costa e Paulo Pontes. Era o momento em que a cantora era transformada definitivamente na musa das canções de protesto brasileiras. Além de ser seu elo de ligação com outro movimento que viria mudar completamente as estruturas da música brasileira, a Tropicália. Quando Nara ficou doente e teve de ser substituída, escolheu a cantora Maria Betânia para ocupar seu lugar no show, com isso foi possível Caetano Veloso e Gal Costa saírem da Bahia rumo às revoluções tropicalistas.

O pop
Tempos depois do lançamento do último disco da cantora, o produtor compositor e escritor Nelson Motta mandou um e-mail para a cantora Fernanda Takai dizendo que tinha um desejo de gravar um disco de releituras da cantora Nara Leão na sua voz, por considerá-la a Nara Leão do pop rock brasileiro. O e-mail acabou resultando em algumas conversas até que Fernanda aceitasse o convite.

No fim do ano já chegava ao mercado Onde Brilham os Olhos Seus, primeiro trabalho solo de Fernanda Takai depois de quinze anos a frente de uma das bandas mais importantes do pop rock brasileiro. Foram meses de pesquisa na obra da cantora, com direito a conversas com pessoas mais próximas de Nara até chegar no que seria as faixas do álbum.

São treze faixas que sintetizam toda a versatilidade da cantora, com direito a músicas das mais diversas fases de Nara. Onde Brilhem os Olhos Seus abre com o samba Diz Que Fui por Aí, de Zé Kéti, do encontro da bossa nova com o samba dos morros cariocas, seguido por Lindonéia, música de Nara no disco da Tropicália, depois ainda tem o chorinho de Odeon, a bossa nova de Insensatez.

Dois cantores dos mais populares da música brasileira também aparecem no CD. Chico Buarque teve um disco inteiro gravado por Nara Leão. Com Açúcar, com Afeto, de 1980. A faixa que dá o nome do disco foi gravada por Fernanda. Além do Chico, Nara gravou um disco todo dedicado ao rei Roberto Carlos, E Que Tudo Vá Para o Inferno, de 1978. Desse trabalho Fernanda gravou Debaixo dos Caracóis dos Seus Cabelos.

Uma das preocupações de Fernanda era lançar um CD em carreira solo no mesmo ano em que o Pato Fu lançava um novo CD (em 2007 saiu o nono CD da carreira da banda, Daqui Pro Futuro). Por isso o projeto era pra ser lançado apenas em 2008. Mas a cantora mostrou uma faixa do CD no Japão, país onde Nara construiu uma sólida carreira e conquistou muitos fãs. Isso aconteceu no desfile de lançamento da coleção do estilista Ronaldo Fraga, toda inspirado em Nara Leão. Esse mesmo desfile também pode ser visto no Brasil em junho de 2007, na São Paulo Fashion Week.

Os fãs e a crítica do Japão pediram e conseguiram o adiamento do projeto para 2007. A aceitação do público para o jeito pop Pato Fu de ser dado a obra de Nara Leão foi muito bem recebido pela crítica e pelo público. O CD saiu no fim do ano, mas já foi suficiente para ser o vencedor do prêmio de Melhor Disco de Música Popular de 2007 da APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte). Além de o CD ter sua primeira edição esgotada no Brasil e uma edição especial feita para os japoneses, com direito a O Barquinho cantado em japonês, com o nome de Kobune.

O jeito pop do Pato Fu ser faz no CD não um disco de versões de Nara, mas de releituras da obra da cantora. Fernanda não quis se aventurar por territórios desconhecidos, mesmo diz não ter a malemolência necessária para cantar samba ou outros ritmos, como os cantados por Nara. Preferiu fazer um CD com a levada pop eletrônica já característica do som do Pato Fu. Outra contribuição para essa levada foi a produção de John Ulhoa e Lulu Camargo, respectivamente guitarrista e tecladista do Pato Fu.

A versatilidade
Falar de toda a obra de Nara Leão em uma única matéria seria impossível. Depois do sucesso e das polêmicas com a bossa nova e da participação nos protestos da Tropicália, Nara foi para um auto exílio na Itália e França com seu marido Cacá Diegues. No exílio, a cantora gravou um disco propriamente de bossa nova fazendo as pazes com o movimento e teve sua primeira filha, Isabel.

De volta para o Brasil, a cantora teve um filho, Francisco, gravou um disco só com os amigos, Meus Amigos São um Barato, ao lado de cantores como Edu Lobo, Dominguinhos, Roberto Menescal, Carlos Lyra, Tom Jobim e Caetano Veloso. Outro disco só com composições de Erasmo e Roberto Carlos, E Que Tudo Vá Pro Inferno (que foi lançado em CD dez anos depois com o nome Debaixo dos Caracóis dos Seus Cabelos), outro só com composições de Chico Buarque, Com Açúcar e com Afeto. Participou de trilhas sonoras de sambas enredos, novelas, filmes (entre eles Os Saltimbancos e Ópera do Malandro) e até mesmo de um disco da rainha dos baixinhos, em 1985, Xuxa e seus Amigos. Além de tudo isso, ainda passou num dos primeiros lugares no vestibular de psicologia da PUC.

A musa da bossa nova, que se aventurou nos mais diversos ritmos e tendências da música brasileira, ganha agora uma levada pop eletrônica na voz de Fernanda Takai. Pra quem não conhece Nara Leão, uma boa oportunidade para conhecer ou revisitar uma síntese de seus melhores trabalhos.

Continue lendo >>

A bossa, o pop e a versatilidade de Nara Leão



No dia 19 de janeiro, a música brasileira pode lembrar de uma de suas mais importantes vozes. Esse seria o dia do aniversário da cantora Nara Leão, que se estivesse viva, completaria 66 anos. A menina que quando tinha 14 anos apenas queria tocar numa academia de violão recém aberta no Rio de Janeiro. Mas seu talento levou a cantora a ser uma das mais versáteis intérpretes da música brasileira. Tudo começou com um presente de seu pai.



A bossa
Quando Nara tinha doze anos, em 1954, seu pai, o advogado Jairo, lhe deu de presente um violão. Dois anos depois o destino dos violões da garota e da turma da futura bossa nova iriam se cruzar. É que nem todos os pais cariocas gostavam que seus filhos tocassem violão. Os pais de Roberto Menescal, em 1956 com 18 anos, cortaram sua mesada ao saber que o filho tinha escolhido ser músico em vez de arquiteto ou engenheiro. Para recuperar esse dinheiro ele resolveu montar uma academia de violão junto com seu amigo Carlinhos Lyra.

Ao saber da academia, Nara foi uma das primeiras matriculadas. Com o passar do tempo, a menina passou a levar seus novos amigos da academia para o apartamento de sua família. A partir de então, o apartamento seria um dos pontos de encontro mais importantes de uma turma formada por Roberto Menescal, Carlinhos Lyra, suas alunas, mais João Gilberto e Vinícius de Morais, entre outros. Era a turma que estava fazendo no Brasil uma nova forma de pensar a música brasileira, tudo muito diferente do que estava sendo feito até aquele momento no Brasil, em termos musicais.

Com o passar do tempo, o que eram encontros descompromissados no apartamento da linda Nara passaria a ser algo profissional na noite carioca e na música brasileira. Numa época em que aquele novo tipo de música ainda era chamado de samba moderno.

Em 1963, chegaria a vez de Nara se profissionalizar como cantora de bossa nova. O que não agradou em nada os demais integrantes daquele movimento. Todos achavam que Nara não deveria ser cantora da noite carioca, gravar discos e tudo o mais, que deveria ser apenas a musa da bossa nova. O que era inevitável. Visto que Nara participou do primeiro encontro de bossa nova, o primeiro samba session, em 1959, (onde pela primeira vez o samba moderno era chamado de Bossa Nova) e dos demais encontros da bossa.

Seu primeiro trabalho seria o espetáculo Pobre Menina Rica, montado por Vinicius de Morais e Carlinhos Lyra, com uma temporada no restaurante carioca Au Boun Gourmet. Ainda em 1963, Nara participaria do disco de Lyra, Depois do Carnaval, e lançaria seu próprio disco, o polêmico Nara, onde, pela primeira vez, a música dos morros cariocas se encontrava com a bossa nova. A cantora ficou meses produzindo o disco em seu apartamento com Cartola, Zé Kéti e Nelson do Cavaquinho.

A polêmica era essa junção de novos ritmos, uma afronta para os mais conservadores de nossa música. Nara era o que mais diferente havia em termos musicais no Brasil depois de Chega de Saudade. Nada comparado ao racha definitivo da bossa nova. Com os a favor e os que eram contra o disco Opinião, de Nara, lançado no ano seguinte. Todas as canções gravadas tinham uma temática voltada para a verdadeira realidade das classes sociais mais pobres. Apenas duas falavam de coisas a la bossa nova, como amor-flor-dor.

Esse mesmo disco ainda foi base para o show Opinião, de dezembro de 1964, com direção de Oduvaldo Viana Filho, Armando Costa e Paulo Pontes. Era o momento em que a cantora era transformada definitivamente na musa das canções de protesto brasileiras. Além de ser seu elo de ligação com outro movimento que viria mudar completamente as estruturas da música brasileira, a Tropicália. Quando Nara ficou doente e teve de ser substituída, escolheu a cantora Maria Betânia para ocupar seu lugar no show, com isso foi possível Caetano Veloso e Gal Costa saírem da Bahia rumo às revoluções tropicalistas.

O pop
Tempos depois do lançamento do último disco da cantora, o produtor compositor e escritor Nelson Motta mandou um e-mail para a cantora Fernanda Takai dizendo que tinha um desejo de gravar um disco de releituras da cantora Nara Leão na sua voz, por considerá-la a Nara Leão do pop rock brasileiro. O e-mail acabou resultando em algumas conversas até que Fernanda aceitasse o convite.

No fim do ano já chegava ao mercado Onde Brilham os Olhos Seus, primeiro trabalho solo de Fernanda Takai depois de quinze anos a frente de uma das bandas mais importantes do pop rock brasileiro. Foram meses de pesquisa na obra da cantora, com direito a conversas com pessoas mais próximas de Nara até chegar no que seria as faixas do álbum.

São treze faixas que sintetizam toda a versatilidade da cantora, com direito a músicas das mais diversas fases de Nara. Onde Brilhem os Olhos Seus abre com o samba Diz Que Fui por Aí, de Zé Kéti, do encontro da bossa nova com o samba dos morros cariocas, seguido por Lindonéia, música de Nara no disco da Tropicália, depois ainda tem o chorinho de Odeon, a bossa nova de Insensatez.

Dois cantores dos mais populares da música brasileira também aparecem no CD. Chico Buarque teve um disco inteiro gravado por Nara Leão. Com Açúcar, com Afeto, de 1980. A faixa que dá o nome do disco foi gravada por Fernanda. Além do Chico, Nara gravou um disco todo dedicado ao rei Roberto Carlos, E Que Tudo Vá Para o Inferno, de 1978. Desse trabalho Fernanda gravou Debaixo dos Caracóis dos Seus Cabelos.

Uma das preocupações de Fernanda era lançar um CD em carreira solo no mesmo ano em que o Pato Fu lançava um novo CD (em 2007 saiu o nono CD da carreira da banda, Daqui Pro Futuro). Por isso o projeto era pra ser lançado apenas em 2008. Mas a cantora mostrou uma faixa do CD no Japão, país onde Nara construiu uma sólida carreira e conquistou muitos fãs. Isso aconteceu no desfile de lançamento da coleção do estilista Ronaldo Fraga, toda inspirado em Nara Leão. Esse mesmo desfile também pode ser visto no Brasil em junho de 2007, na São Paulo Fashion Week.

Os fãs e a crítica do Japão pediram e conseguiram o adiamento do projeto para 2007. A aceitação do público para o jeito pop Pato Fu de ser dado a obra de Nara Leão foi muito bem recebido pela crítica e pelo público. O CD saiu no fim do ano, mas já foi suficiente para ser o vencedor do prêmio de Melhor Disco de Música Popular de 2007 da APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte). Além de o CD ter sua primeira edição esgotada no Brasil e uma edição especial feita para os japoneses, com direito a O Barquinho cantado em japonês, com o nome de Kobune.

O jeito pop do Pato Fu ser faz no CD não um disco de versões de Nara, mas de releituras da obra da cantora. Fernanda não quis se aventurar por territórios desconhecidos, mesmo diz não ter a malemolência necessária para cantar samba ou outros ritmos, como os cantados por Nara. Preferiu fazer um CD com a levada pop eletrônica já característica do som do Pato Fu. Outra contribuição para essa levada foi a produção de John Ulhoa e Lulu Camargo, respectivamente guitarrista e tecladista do Pato Fu.

A versatilidade
Falar de toda a obra de Nara Leão em uma única matéria seria impossível. Depois do sucesso e das polêmicas com a bossa nova e da participação nos protestos da Tropicália, Nara foi para um auto exílio na Itália e França com seu marido Cacá Diegues. No exílio, a cantora gravou um disco propriamente de bossa nova fazendo as pazes com o movimento e teve sua primeira filha, Isabel.

De volta para o Brasil, a cantora teve um filho, Francisco, gravou um disco só com os amigos, Meus Amigos São um Barato, ao lado de cantores como Edu Lobo, Dominguinhos, Roberto Menescal, Carlos Lyra, Tom Jobim e Caetano Veloso. Outro disco só com composições de Erasmo e Roberto Carlos, E Que Tudo Vá Pro Inferno (que foi lançado em CD dez anos depois com o nome Debaixo dos Caracóis dos Seus Cabelos), outro só com composições de Chico Buarque, Com Açúcar e com Afeto. Participou de trilhas sonoras de sambas enredos, novelas, filmes (entre eles Os Saltimbancos e Ópera do Malandro) e até mesmo de um disco da rainha dos baixinhos, em 1985, Xuxa e seus Amigos. Além de tudo isso, ainda passou num dos primeiros lugares no vestibular de psicologia da PUC.

A musa da bossa nova, que se aventurou nos mais diversos ritmos e tendências da música brasileira, ganha agora uma levada pop eletrônica na voz de Fernanda Takai. Pra quem não conhece Nara Leão, uma boa oportunidade para conhecer ou revisitar uma síntese de seus melhores trabalhos.

Continue lendo >>

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

RECBEAT!

Uma coisa bem interessante que eu descobri: o Recbeat.
Tem gente lá no nordeste, mais precisamente no Recife, que espera ansiosamente o carnaval... pra curtir o melhor da música independente brasileira!!!
Isso mesmo, nada de ziriguidum, telecoteco, ala das baianas ou mulheres nuas com plumas e paetês pelo corpo. Tem gente que espera o carnaval pra curtir o Recbeat e quais são e serão as novas tendências da música independente nacional. Mesmo com o carnaval tradicional bem perto dali.
Tudo começou em 1993, quando o Projeto Recbeat foi feito pra divulgar pro maior número de pessoas a cena musical de Recife, com grande destaque para o movimento manguebeat, a novidade afrociberdélica com um pé no maracatu e outro no futuro da música brasileira.
A frente desse movimento Chico Science e a Nação Zumbi e Mundo Livre S/A. O movimento deu bons frutos colhidos até hoje na nossa música. Temos bons discos gravados na época que sintetizam um pouco disso tudo, como o Afrociberdelia (de 1996) e Da Lama ao Caos (de 1994), sempre na lista de melhores de todos os tempos da nossa música. Temos ainda Nação Zumbi sem o Chico mandando ver por aí (uma das dez melhores bandas do cenário brasileiro na humilde opinião deste que vos fala), o Mundo Livre também ta por aí, o próprio Otto é fruto desse movimento, além de muitas bandas com total influência e característica desse período, como o Cordel do Fogo Encantado.
Um desses frutos, de forma mais abrangente possível é o próprio Recbeat. O festival surgiu mesmo dois anos depois do projeto que leva o mesmo nome. De 1995 pra cá todo o carnaval tem Recbeat. Nos primeiros anos ele acontecia em Olinda, mas em 1999 foi transferido pra Rua da Moeda no Recife, no centro histórico, perto da zona portuária. Por lá o festival ganhou até mesmo sua edição pras crianças, o Recbeatinho.
Mas o público do Recbeat foi crescendo tanto que a partir de 2004 ele teve que mudar de novo de lugar, pra comportar mais pessoas. De lá pra cá todo o ano tem Recbeat no Cais da Alfândega, também centro histórico de Recife.
Ano passado, foram mais de 60 mil pessoas em quatro dias de festival. Número bem alto pra um festival de música independente, ainda mais em meio ao carnaval brasileiro. Os maiores destaques ficaram por conta do projeto Instituto fazendo um especial Tim Maia Racional e do cantor Tom Zé, fechando a última noite do Recbeat, com todos seus protestos e performances.
Mas ainda deu pra conferir duas bandas que seriam grandes destaques em 2007, os cearenses do Montage e os funkeiros do Bonde do Rolê. Os funkeiros que inclusive naquele ano fariam dezenas de shows por todo o mundo, como uma das bandas que mais representou o Brasil na cena mundial(mesmo tendo coisa muito melhor no Brasil, mais uma modesta opinião desse que vos escreve).
Além dos grandes destaques o festival teve Zeferina Bomba, Vanguart, Digitaria, Supergalo, Canja Rave, Digital Groove, Melotrons, Rivotrill, entre vários outros.
Pra 2008 as bandas já foram confirmadas. Entre elas estão Devotos, Móveis Coloniais de Acaju, os chilenos do panico e o Pato Fu, isso só pra destacar as bandas que fecham as noites do Festival. Além disso, tem a cantora Marina de La Riva, os cearenses do Carroça de Mamulengos no Recbeatinho e mais bandas do Senegal, Canadá e Argentina.
Pra quem estiver indo pro Recife, ou estiver no Recife, é uma ótima, principalmente porque é tudo de graça.
é isso
logo mais eu volto com mais detalhes de Recbeat!

Continue lendo >>

RECBEAT!

Uma coisa bem interessante que eu descobri: o Recbeat.
Tem gente lá no nordeste, mais precisamente no Recife, que espera ansiosamente o carnaval... pra curtir o melhor da música independente brasileira!!!
Isso mesmo, nada de ziriguidum, telecoteco, ala das baianas ou mulheres nuas com plumas e paetês pelo corpo. Tem gente que espera o carnaval pra curtir o Recbeat e quais são e serão as novas tendências da música independente nacional. Mesmo com o carnaval tradicional bem perto dali.
Tudo começou em 1993, quando o Projeto Recbeat foi feito pra divulgar pro maior número de pessoas a cena musical de Recife, com grande destaque para o movimento manguebeat, a novidade afrociberdélica com um pé no maracatu e outro no futuro da música brasileira.
A frente desse movimento Chico Science e a Nação Zumbi e Mundo Livre S/A. O movimento deu bons frutos colhidos até hoje na nossa música. Temos bons discos gravados na época que sintetizam um pouco disso tudo, como o Afrociberdelia (de 1996) e Da Lama ao Caos (de 1994), sempre na lista de melhores de todos os tempos da nossa música. Temos ainda Nação Zumbi sem o Chico mandando ver por aí (uma das dez melhores bandas do cenário brasileiro na humilde opinião deste que vos fala), o Mundo Livre também ta por aí, o próprio Otto é fruto desse movimento, além de muitas bandas com total influência e característica desse período, como o Cordel do Fogo Encantado.
Um desses frutos, de forma mais abrangente possível é o próprio Recbeat. O festival surgiu mesmo dois anos depois do projeto que leva o mesmo nome. De 1995 pra cá todo o carnaval tem Recbeat. Nos primeiros anos ele acontecia em Olinda, mas em 1999 foi transferido pra Rua da Moeda no Recife, no centro histórico, perto da zona portuária. Por lá o festival ganhou até mesmo sua edição pras crianças, o Recbeatinho.
Mas o público do Recbeat foi crescendo tanto que a partir de 2004 ele teve que mudar de novo de lugar, pra comportar mais pessoas. De lá pra cá todo o ano tem Recbeat no Cais da Alfândega, também centro histórico de Recife.
Ano passado, foram mais de 60 mil pessoas em quatro dias de festival. Número bem alto pra um festival de música independente, ainda mais em meio ao carnaval brasileiro. Os maiores destaques ficaram por conta do projeto Instituto fazendo um especial Tim Maia Racional e do cantor Tom Zé, fechando a última noite do Recbeat, com todos seus protestos e performances.
Mas ainda deu pra conferir duas bandas que seriam grandes destaques em 2007, os cearenses do Montage e os funkeiros do Bonde do Rolê. Os funkeiros que inclusive naquele ano fariam dezenas de shows por todo o mundo, como uma das bandas que mais representou o Brasil na cena mundial(mesmo tendo coisa muito melhor no Brasil, mais uma modesta opinião desse que vos escreve).
Além dos grandes destaques o festival teve Zeferina Bomba, Vanguart, Digitaria, Supergalo, Canja Rave, Digital Groove, Melotrons, Rivotrill, entre vários outros.
Pra 2008 as bandas já foram confirmadas. Entre elas estão Devotos, Móveis Coloniais de Acaju, os chilenos do panico e o Pato Fu, isso só pra destacar as bandas que fecham as noites do Festival. Além disso, tem a cantora Marina de La Riva, os cearenses do Carroça de Mamulengos no Recbeatinho e mais bandas do Senegal, Canadá e Argentina.
Pra quem estiver indo pro Recife, ou estiver no Recife, é uma ótima, principalmente porque é tudo de graça.
é isso
logo mais eu volto com mais detalhes de Recbeat!

Continue lendo >>

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

feist!!!

Conheça um pouco mais sobre a cantora canadense dona de um dos singles mais chicletes dos últimos tempos.

Feist pode não ser muito conhecida no Brasil, mas a canadense tem uma história um tanto quanto interessante e algumas indicações ao Grammy 2008 (nas categorias revelação do ano, melhor disco pop, melhor performance pop feminina e melhor clipe).

A primeira experiência de Feist na música foi na fundação da banda punk Placebo, na cidade de Calgary, no Canadá (vale dizer que esta não é a conhecida banda inglesa que já tocou no Brasil). Certa vez o Placebo (da Feist) ganhou um concurso de bandas, em que o prêmio era abrir um show dos Ramones. Na época a cantora tinha apenas 15 anos, em 1991, no começo da década de 1990.
Seu primeiro álbum solo, Monarch (Lay Your Jewelled Head Down) só viria no fim da década, em 1999, quando Feist dividia seu tempo como guitarrista da banda by Divine Right. Um ano depois, no ano derradeiro da década, a cantora e guitarrista muda-se para um apartamento na Queen Street West com um amigo de um amigo.
O apartamento se tornaria marcante para a cantora, ele era chamado de 701 e ficava em cima do sexshop Come as you are. Merril Naster, o amigo do amigo morador do 701, começa a tocar como músico na banda eletro-punk “Peaches”. Daí a amiga de quarto colaborar com a banda não foi muito difícil, a cantora participa do álbum “The Theaches of Peaches”.
O segundo álbum de Feist saiu em 2004, Lei It Die. Nele, que foi gravado em Paris entre 2002 e 2003, a cantora toca uma guitarra Guild Starfire 1965, o que deu uma levada jazzística para Let It Die. Além do jazz, o álbum era uma grande mescla de bossa nova e indie rock. A partir desse trabalho ela atraiu grande atenção internacional, ajudado pelo single "Mushaboom" numa campanha publicitária da Lacoste.
O terceiro álbum solo da cantora foi lançado em abril de 2007 na Europa, onde foi gravado, e em maio no resto do mundo. Seu colega de quarto teve mais uma colaboração da cantora no mais recente álbum dos Peaches, Impeach My Bush, nas vozes de fundo da faixa Give Er.
A cantora pode ser lembrada por seu single de 2007, 1234. A música é totalmente pop chiclete e tem uma das fórmulas mais bem sucedidas para ser bem fofinha, com um coro, um refrão repetitivo, a própria contagem feita a todo o tempo pela cantora prende a atenção do ouvinte, além de um lá-lá-lá pra terminar a música.

Pra que 1234 definitivamente não saia da cabeça basta assistir ao videoclipe da música. Nele, a cantora e mais vários dançarinos fazem uma dança que aparentemente não significa muita coisa. Mas a coreografia bem divertida, com muitos movimentos alegres, é muito bem ensaiada e sincronizada com o tempo da canção. É um clipe simples, mas muito divertido e bem feito. Mas é o suficiente para concorrer na categoria melhor clipe do Grammy 2008.

Por essas e outras vale a pena ouvir The Reminder, ou outros da discografia da cantora.
Discografia de Feist:

2007 – The Reminder
2006 – Open Season
2004 – Lei It Die
1999 – Monarch (Lay Your Jewell Head Down)

Continue lendo >>

feist!!!

Conheça um pouco mais sobre a cantora canadense dona de um dos singles mais chicletes dos últimos tempos.

Feist pode não ser muito conhecida no Brasil, mas a canadense tem uma história um tanto quanto interessante e algumas indicações ao Grammy 2008 (nas categorias revelação do ano, melhor disco pop, melhor performance pop feminina e melhor clipe).

A primeira experiência de Feist na música foi na fundação da banda punk Placebo, na cidade de Calgary, no Canadá (vale dizer que esta não é a conhecida banda inglesa que já tocou no Brasil). Certa vez o Placebo (da Feist) ganhou um concurso de bandas, em que o prêmio era abrir um show dos Ramones. Na época a cantora tinha apenas 15 anos, em 1991, no começo da década de 1990.
Seu primeiro álbum solo, Monarch (Lay Your Jewelled Head Down) só viria no fim da década, em 1999, quando Feist dividia seu tempo como guitarrista da banda by Divine Right. Um ano depois, no ano derradeiro da década, a cantora e guitarrista muda-se para um apartamento na Queen Street West com um amigo de um amigo.
O apartamento se tornaria marcante para a cantora, ele era chamado de 701 e ficava em cima do sexshop Come as you are. Merril Naster, o amigo do amigo morador do 701, começa a tocar como músico na banda eletro-punk “Peaches”. Daí a amiga de quarto colaborar com a banda não foi muito difícil, a cantora participa do álbum “The Theaches of Peaches”.
O segundo álbum de Feist saiu em 2004, Lei It Die. Nele, que foi gravado em Paris entre 2002 e 2003, a cantora toca uma guitarra Guild Starfire 1965, o que deu uma levada jazzística para Let It Die. Além do jazz, o álbum era uma grande mescla de bossa nova e indie rock. A partir desse trabalho ela atraiu grande atenção internacional, ajudado pelo single "Mushaboom" numa campanha publicitária da Lacoste.
O terceiro álbum solo da cantora foi lançado em abril de 2007 na Europa, onde foi gravado, e em maio no resto do mundo. Seu colega de quarto teve mais uma colaboração da cantora no mais recente álbum dos Peaches, Impeach My Bush, nas vozes de fundo da faixa Give Er.
A cantora pode ser lembrada por seu single de 2007, 1234. A música é totalmente pop chiclete e tem uma das fórmulas mais bem sucedidas para ser bem fofinha, com um coro, um refrão repetitivo, a própria contagem feita a todo o tempo pela cantora prende a atenção do ouvinte, além de um lá-lá-lá pra terminar a música.

Pra que 1234 definitivamente não saia da cabeça basta assistir ao videoclipe da música. Nele, a cantora e mais vários dançarinos fazem uma dança que aparentemente não significa muita coisa. Mas a coreografia bem divertida, com muitos movimentos alegres, é muito bem ensaiada e sincronizada com o tempo da canção. É um clipe simples, mas muito divertido e bem feito. Mas é o suficiente para concorrer na categoria melhor clipe do Grammy 2008.

Por essas e outras vale a pena ouvir The Reminder, ou outros da discografia da cantora.
Discografia de Feist:

2007 – The Reminder
2006 – Open Season
2004 – Lei It Die
1999 – Monarch (Lay Your Jewell Head Down)

Continue lendo >>

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

as melhores lembranças de 2007

Na verdade 2007 poderia ser lembrado por esta lista e não pela publicada ontem neste mesmo espaço que ninguém lê.

White Stripes “Icky Thump”
Bjork “Volta”
Cachorro Grande “Todos os Tempos”
Radiohead “In Rainbows”
Pato Fu “Daqui Pro Futuro”
Nação Zumbi “Fome de Tudo”

Acho que está bom por aqui, ninguém vai ler mesmo e esses devem ser realmente os que importam pra mim, foram os que eu lembrei sem pensar muito tempo. Acho que isso já significa o suficiente pra entrar nessa lista.
E logo mais tem mais listas e coisas que podem acrescentar alguma coisa, ou não!

Continue lendo >>

as melhores lembranças de 2007

Na verdade 2007 poderia ser lembrado por esta lista e não pela publicada ontem neste mesmo espaço que ninguém lê.

White Stripes “Icky Thump”
Bjork “Volta”
Cachorro Grande “Todos os Tempos”
Radiohead “In Rainbows”
Pato Fu “Daqui Pro Futuro”
Nação Zumbi “Fome de Tudo”

Acho que está bom por aqui, ninguém vai ler mesmo e esses devem ser realmente os que importam pra mim, foram os que eu lembrei sem pensar muito tempo. Acho que isso já significa o suficiente pra entrar nessa lista.
E logo mais tem mais listas e coisas que podem acrescentar alguma coisa, ou não!

Continue lendo >>

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

poplist

POPLIST estréia no sétimo dia de 2008 sem a menor intenção de ser nada de mais no mercado e no mundo. A não ser a intenção de ser apenas mais um blog em meio a muitos blogs do mundo que ninguém acessa e o blogueiro se mantém falando sozinho coisas interessantes. Provavelmente esse blog nem chegue ao seu décimo post, nem mesmo ao quinto post, vai lá se saber.
O fato é que mesmo estando já em 2008, só estamos em seu sétimo dia, em meio aos ecos de 2007. Por isso, vamos com uma listinha interessante de sete discos pra se lembrar de 2007.
Sete discos pra se lembrar de 2007
Todo o fim ano é um bom momento pra fazer um balanço de tudo que foi feito. A indústria fonográfica e a mídia em geral também promovem tais reflexões, fazendo as mais diversas listas de melhores (ou piores) do ano. Pois bem, segue agora uma lista com sete álbuns para se lembrar de 2007.
Essa lista não tem por objetivo selecionar os melhores ou os piores do ano, seleciona alguns álbuns que tiveram grande representatividade para o ano de 2007. Se bons ou ruins, fica a cargo do leitor. Todos devem concordar é o fato de tais nomes serem dos mais representativos para o ano de 2007.
Revolução pop
Pra começar a lista o marco da cultura pop mundial, Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band, dos Beatles. O álbum que mudou a forma como conhecemos a música fez 40 anos em 2007. Em conseqüência, dá-lhe inúmeros especiais, capas de revistas, programas de tv, suplementos em jornais.
A importância de Sgt. Peppers se dá por causa de algumas revoluções musicais. Foi o primeiro disco da história mixado sem parada entre uma música, gravado em oito canais, o que possibilitou novas experimentações, como a incorporação de orquestrações, instrumentos hindus e sons de animais.
Em função do momento de maturidade alcançado pelos garotos de Liverpool, o que seria apenas mais um disco se transformou numa revolução estética musical.
Passados 40 anos a mídia muito comemorou a data, com lembranças, releituras e homenagens a fins. Tanta comemoração pode sim colocar Sgt. Peppers na lista dos álbuns mais representativos de 2007.
Revolução digital
O próximo nome da lista será lançado de forma tradicional no próximo dia 1º de janeiro. Mas entra na lista por sua qualidade musical e representatividade ao novar na forma de comercialização da música.
Durante dois meses os caras do Radiohead venderam In Rainbows em seu site em formato digital pelo preço que os consumidores quisessem pagar. Bastava entrar no site e pagar de zero a cem libras para poder fazer o download do cd. Um mês depois do lançamento uma pesquisa apontava que apenas 38% dos consumidores pagaram pelo download.
O álbum ainda merece entrar nessa lista pelo quesito qualidade. Tanto que os colaboradores da conceituada revista Bilboard apontaram o trabalho da banda como o melhor do ano.
Desde o dia 10 de dezembro o cd não está mais disponível pra download por causa do lançamento em formato tradicional nos Estados Unidos a partir de 1º de janeiro de 2008.
Também vai pegar você
O próximo da lista é a trilha sonora de um fenômeno do nosso cinema dos últimos anos. Fazia tempo que um produto de nossa cultura não era tão massificado como o filme Tropa de Elite.
Tudo relacionado ao filme se transformou numa grande febre em todo o Brasil, como os diálogos transformados em piadinhas nas mais diversas conversas de botequim. Com a trilha do filme não poderia ser diferente. Quem não ouviu alguém cantarolando por aí o “Rap das Armas”, dos MCs Cidinho e Doca, ou “Tropa de Elite” do Tihuana, que atire a primeira pedra, mas que fique somente na primeira pedra.
A trilha também foi lançada em versão pirata antes do lançamento oficial. Mas quem esperou levou de brinde um vale-ingresso, um minipôster e um trailer do filme. Além das música do Tihuana e de Rap das Armas a trilha sonora ainda conta com “Polícia” dos Titãs, “Shine Happy People” do REM e “Rap da Felicidade” dos MCs já citados.
Fiascos, polêmicas e Blackout
A cantora Britney Spears não podia ficar de fora dessa lista. Ela esteve muito na mídia em 2007, muito mais por polêmicas de sua vida pessoal do que de seu trabalho.
Mesmo assim, sua carreira também deu o que falar. Em setembro saiu seu single Gimmy More. Pra marcar sua volta Britney fez o que viria a ser um dos maiores fiascos do ano, o lançamento do single no VMA da MTV americana. A cantora caiu no palco e não conseguiu cantar um playback.
O single faz parte do álbum que está na nossa lista de sete mais representativos do ano. Blackout saiu um pouco depois do fiasco, dia 30 de outubro e vendeu 124 mil cópias só no primeiro dia. Mesmo assim jornalistas americanos andam dizendo por aí que o álbum que a voz da cantora colabora pra um álbum bem ruim...
Em verdade talvez tudo que a cantora fez tenha mais significado em 2007 do que seu disco, mas mesmo assim vale o registro.
Caetano rock Veloso ao vivo
Até um cd ao vivo tem espaço nessa lista, “Cê ao vivo”. Em 2007 Caetano Veloso caiu na estrada com pra turnê de seu cd lançado em 2006. Mas definitivamente não parece uma turnê normal de Caetano. O eterno tropicalista apresenta dessa vez uma banda de rock de verdade, com apenas baixo, guitarra, bateria e seu violão no palco.
Muito desse diferencial, claro, vem do próprio Cê, refletido principalmente em suas letras, cheias de palavrões, com uma forma diferente de Caetano tratar temas como o amor e a mulher. Toda essa diferença se reflete no palco, claro.
Além das músicas de Cê toda turnê traz algumas músicas de outros trabalhos do cantor. Essa traz canções de London London, Transa e as músicas Como 2 e 2, feita para Gal Costa, todas repaginadas a la rock and roll.
Um ano não muito bom pra Amy Winehouse
Outra moça que vive aprontando por aí e merece destaque na lista de álbuns mais representativos de 2007 é Amy Winehouse e seu álbum Back to Black. A cantora tem muitos problemas pessoais, que aparecem com grande freqüência na mídia, mas também é muito elogiada pelos críticos pela qualidade de seus trabalhos.
O reconhecimento da cantora fica ainda mais evidente com suas indicações ao Grammy 2008. A cantora concorre nas categorias música, álbum, disco pop, composição, artista revelação e composição do ano. É uma das mais indicadas, perdendo apenas para o rapper Kanye West, com oito indicações. No Brasil rehab foi uma das mais tocadas nas rádios de todo o país. Quem não lembra de seu refrão tocando por aí definitivamente não ouve música pop!
Entretanto, o ano de Amy não foi dos mais felizes. A cantora teve sérios envolvimentos com drogas, chegando a freqüentar clínicas de reabilitação (sem muitos resultados), além de envolver sua carreira nisso tudo. Durante o ano seus pais e sogros chegaram a pedir para os fãs não comprarem os cds da cantora até ela se curar, em novembro ela cancelou todos seus shows até seu marido, Blake Fielder-Civil, sair da cadeia, por alegar falta de amor.
O eterno fim de Sandy & Jr.
O ano que termina ainda poderá ser lembrado pelo fim da dupla Sandy e Jr. e seu cd Acústico MTV. Os filhos do cantor de música sertaneja Xororó tiveram seu crescimento acompanhado por todos os brasileiros desde os sete anos de idade. Os irmãos começaram como uma dupla caipira cantando Maria Chiquinha. O tempo foi passando, eles foram crescendo e mudando de estilo de acordo com o que o mercado pedia.
Esse ano, para espanto de muitos a dupla resolveu anunciar seu fim. Pra não acabar sem mais nem menos, ou pra não perder a chance de lucrar mais um pouco, a dupla transformou 2007 no ano de sua despedida. O último cd foi um Acústico MTV, para revisitar sua obra.
Depois foi a vez de fazer uma turnê pelo país com o show Acústico. O fim, que estava anunciado para esse ano, parece ainda não ter ocorrido. Mas de qualquer forma esse pode ser mais um dos cds representativos de 2007 por essa representação.

Mais um pouco de 2007
Essa é mais uma lista de álbuns representativos de 2007. Cabe ao gosto de cada um julgar se bons ou ruins. Mas vale deixar claro que nem sempre dá pra agradar a todos nem mesmo lembrar de todos os trabalhos significativos do ano.
Ainda mais num ano como 2007, onde muita coisa aconteceu. O ano da volta das bandas pop dos anos 90 Backstreet Boys e Spice Girls, dos vários cds de samba lançados por cantoras como Maria Rita e Roberta Sá, da nova forma de vender música brasileira, inaugurada pelos mineiros do Pato Fu e também pela polêmica parada dos Los Hermanos.

Continue lendo >>

poplist

POPLIST estréia no sétimo dia de 2008 sem a menor intenção de ser nada de mais no mercado e no mundo. A não ser a intenção de ser apenas mais um blog em meio a muitos blogs do mundo que ninguém acessa e o blogueiro se mantém falando sozinho coisas interessantes. Provavelmente esse blog nem chegue ao seu décimo post, nem mesmo ao quinto post, vai lá se saber.
O fato é que mesmo estando já em 2008, só estamos em seu sétimo dia, em meio aos ecos de 2007. Por isso, vamos com uma listinha interessante de sete discos pra se lembrar de 2007.
Sete discos pra se lembrar de 2007
Todo o fim ano é um bom momento pra fazer um balanço de tudo que foi feito. A indústria fonográfica e a mídia em geral também promovem tais reflexões, fazendo as mais diversas listas de melhores (ou piores) do ano. Pois bem, segue agora uma lista com sete álbuns para se lembrar de 2007.
Essa lista não tem por objetivo selecionar os melhores ou os piores do ano, seleciona alguns álbuns que tiveram grande representatividade para o ano de 2007. Se bons ou ruins, fica a cargo do leitor. Todos devem concordar é o fato de tais nomes serem dos mais representativos para o ano de 2007.
Revolução pop
Pra começar a lista o marco da cultura pop mundial, Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band, dos Beatles. O álbum que mudou a forma como conhecemos a música fez 40 anos em 2007. Em conseqüência, dá-lhe inúmeros especiais, capas de revistas, programas de tv, suplementos em jornais.
A importância de Sgt. Peppers se dá por causa de algumas revoluções musicais. Foi o primeiro disco da história mixado sem parada entre uma música, gravado em oito canais, o que possibilitou novas experimentações, como a incorporação de orquestrações, instrumentos hindus e sons de animais.
Em função do momento de maturidade alcançado pelos garotos de Liverpool, o que seria apenas mais um disco se transformou numa revolução estética musical.
Passados 40 anos a mídia muito comemorou a data, com lembranças, releituras e homenagens a fins. Tanta comemoração pode sim colocar Sgt. Peppers na lista dos álbuns mais representativos de 2007.
Revolução digital
O próximo nome da lista será lançado de forma tradicional no próximo dia 1º de janeiro. Mas entra na lista por sua qualidade musical e representatividade ao novar na forma de comercialização da música.
Durante dois meses os caras do Radiohead venderam In Rainbows em seu site em formato digital pelo preço que os consumidores quisessem pagar. Bastava entrar no site e pagar de zero a cem libras para poder fazer o download do cd. Um mês depois do lançamento uma pesquisa apontava que apenas 38% dos consumidores pagaram pelo download.
O álbum ainda merece entrar nessa lista pelo quesito qualidade. Tanto que os colaboradores da conceituada revista Bilboard apontaram o trabalho da banda como o melhor do ano.
Desde o dia 10 de dezembro o cd não está mais disponível pra download por causa do lançamento em formato tradicional nos Estados Unidos a partir de 1º de janeiro de 2008.
Também vai pegar você
O próximo da lista é a trilha sonora de um fenômeno do nosso cinema dos últimos anos. Fazia tempo que um produto de nossa cultura não era tão massificado como o filme Tropa de Elite.
Tudo relacionado ao filme se transformou numa grande febre em todo o Brasil, como os diálogos transformados em piadinhas nas mais diversas conversas de botequim. Com a trilha do filme não poderia ser diferente. Quem não ouviu alguém cantarolando por aí o “Rap das Armas”, dos MCs Cidinho e Doca, ou “Tropa de Elite” do Tihuana, que atire a primeira pedra, mas que fique somente na primeira pedra.
A trilha também foi lançada em versão pirata antes do lançamento oficial. Mas quem esperou levou de brinde um vale-ingresso, um minipôster e um trailer do filme. Além das música do Tihuana e de Rap das Armas a trilha sonora ainda conta com “Polícia” dos Titãs, “Shine Happy People” do REM e “Rap da Felicidade” dos MCs já citados.
Fiascos, polêmicas e Blackout
A cantora Britney Spears não podia ficar de fora dessa lista. Ela esteve muito na mídia em 2007, muito mais por polêmicas de sua vida pessoal do que de seu trabalho.
Mesmo assim, sua carreira também deu o que falar. Em setembro saiu seu single Gimmy More. Pra marcar sua volta Britney fez o que viria a ser um dos maiores fiascos do ano, o lançamento do single no VMA da MTV americana. A cantora caiu no palco e não conseguiu cantar um playback.
O single faz parte do álbum que está na nossa lista de sete mais representativos do ano. Blackout saiu um pouco depois do fiasco, dia 30 de outubro e vendeu 124 mil cópias só no primeiro dia. Mesmo assim jornalistas americanos andam dizendo por aí que o álbum que a voz da cantora colabora pra um álbum bem ruim...
Em verdade talvez tudo que a cantora fez tenha mais significado em 2007 do que seu disco, mas mesmo assim vale o registro.
Caetano rock Veloso ao vivo
Até um cd ao vivo tem espaço nessa lista, “Cê ao vivo”. Em 2007 Caetano Veloso caiu na estrada com pra turnê de seu cd lançado em 2006. Mas definitivamente não parece uma turnê normal de Caetano. O eterno tropicalista apresenta dessa vez uma banda de rock de verdade, com apenas baixo, guitarra, bateria e seu violão no palco.
Muito desse diferencial, claro, vem do próprio Cê, refletido principalmente em suas letras, cheias de palavrões, com uma forma diferente de Caetano tratar temas como o amor e a mulher. Toda essa diferença se reflete no palco, claro.
Além das músicas de Cê toda turnê traz algumas músicas de outros trabalhos do cantor. Essa traz canções de London London, Transa e as músicas Como 2 e 2, feita para Gal Costa, todas repaginadas a la rock and roll.
Um ano não muito bom pra Amy Winehouse
Outra moça que vive aprontando por aí e merece destaque na lista de álbuns mais representativos de 2007 é Amy Winehouse e seu álbum Back to Black. A cantora tem muitos problemas pessoais, que aparecem com grande freqüência na mídia, mas também é muito elogiada pelos críticos pela qualidade de seus trabalhos.
O reconhecimento da cantora fica ainda mais evidente com suas indicações ao Grammy 2008. A cantora concorre nas categorias música, álbum, disco pop, composição, artista revelação e composição do ano. É uma das mais indicadas, perdendo apenas para o rapper Kanye West, com oito indicações. No Brasil rehab foi uma das mais tocadas nas rádios de todo o país. Quem não lembra de seu refrão tocando por aí definitivamente não ouve música pop!
Entretanto, o ano de Amy não foi dos mais felizes. A cantora teve sérios envolvimentos com drogas, chegando a freqüentar clínicas de reabilitação (sem muitos resultados), além de envolver sua carreira nisso tudo. Durante o ano seus pais e sogros chegaram a pedir para os fãs não comprarem os cds da cantora até ela se curar, em novembro ela cancelou todos seus shows até seu marido, Blake Fielder-Civil, sair da cadeia, por alegar falta de amor.
O eterno fim de Sandy & Jr.
O ano que termina ainda poderá ser lembrado pelo fim da dupla Sandy e Jr. e seu cd Acústico MTV. Os filhos do cantor de música sertaneja Xororó tiveram seu crescimento acompanhado por todos os brasileiros desde os sete anos de idade. Os irmãos começaram como uma dupla caipira cantando Maria Chiquinha. O tempo foi passando, eles foram crescendo e mudando de estilo de acordo com o que o mercado pedia.
Esse ano, para espanto de muitos a dupla resolveu anunciar seu fim. Pra não acabar sem mais nem menos, ou pra não perder a chance de lucrar mais um pouco, a dupla transformou 2007 no ano de sua despedida. O último cd foi um Acústico MTV, para revisitar sua obra.
Depois foi a vez de fazer uma turnê pelo país com o show Acústico. O fim, que estava anunciado para esse ano, parece ainda não ter ocorrido. Mas de qualquer forma esse pode ser mais um dos cds representativos de 2007 por essa representação.

Mais um pouco de 2007
Essa é mais uma lista de álbuns representativos de 2007. Cabe ao gosto de cada um julgar se bons ou ruins. Mas vale deixar claro que nem sempre dá pra agradar a todos nem mesmo lembrar de todos os trabalhos significativos do ano.
Ainda mais num ano como 2007, onde muita coisa aconteceu. O ano da volta das bandas pop dos anos 90 Backstreet Boys e Spice Girls, dos vários cds de samba lançados por cantoras como Maria Rita e Roberta Sá, da nova forma de vender música brasileira, inaugurada pelos mineiros do Pato Fu e também pela polêmica parada dos Los Hermanos.

Continue lendo >>
<<

recomendo

dstaques do highpop

  ©Template Blogger Elegance by Dicas Blogger

   Customizado por Humor Sem Cortes!.

Topo