Elos de ligação
Saiu no jornal no sábado sobre um caso amoroso do candidato à presidência dos EUA, John McCain(imagem acima) com uma brasileira. Olha só o mundo provando o que para muitos é nosso melhor e mais rentável produto de exportação, nossas mulheres. Mas esse caso se mostra um tanto quanto estranho, até mesmo literário, ora vejam só.
Em 1957 John McCain esteve no Brasil um tempo de folga depois de sua primeira viagem de instrução. Na ocasião a bordo do destróier USS Hunt. Nesse tempo ele teve um caso amoroso aqui nas terras tupiniquins com uma brasileira. Mc Cain conta em seu livro “Faith os My Fathers” que durante esse período a tal brasileira era uma modelo que o buscava todos os dias no porto do Rio de Janeiro numa Mercedes de luxo para ir as mais badaladas festas da elite carioca. De acordo com McCain, enquanto esteve passeando no Rio de Janeiro com a moça, freqüentou festas de ministros, generais, almirantes e aristocratas brasileiros.
Mas foi apenas um caso passageiro, que não gerou frutos, nem mesmo outro reencontro. Mesmo com a descrição da moça, que seria “muito bonita, tinha estilo e graça – atributos comuns em sua família rica e socialmente importante”. O que seria motivo sim de um reencontro entre os dois aventureiros.
O caso vem a tona porque a rede de TV americana ABC News encontrou a tal moça no Rio de Janeiro. Hoje uma senhora de olhos claros, que vive na beira do rio Suruí, em Magé, no Rio de Janeiro. De acordo com a descrição da reportagem do dia 20 de setembro da Folha de S. Paulo a casa onde mora a moça, identificada com o nome de Maria Gracinda, seria modesta, com a pintura descascada. Ela vive com dois vira-latas apenas há uns dez anos.
Agora observe todos esses ingredientes, fatos e histórias. Parece-me até uma história de amor da melhor literatura romântica, onde as pessoas levaram diferentes rumos na vida, mas que ao mesmo tempo mantém um elo de ligação capaz de aparecer a qualquer momento. Esse elo ambos sabem do que se trata. A moça no Rio parece a mais apaixonada e marcada pelos dias vividos em 1957, enquanto McCain parece nem mesmo lembrar muito desse tempo. Mas se assim fosse por que ele escreveria sobre ela em seu livro?
O mais interessante, para nós, apenas leitores de boas histórias, é o fato de que muitos mistérios permeiam tudo que a gente sabe sobre ambos. E como uma história tem que ter começo, meio e fim... Vou ficar sempre de olho no que sair nos jornais por esses dias, certeza!
PS.: Este texto foi escrito no sábado e por um motivo ou outro deixei pra publicar hoje. Qual num foi minha surpresa quando o Fantástico de ontem acabou um pouco com a graça envolvendo o casal. Que merda!
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