Excomunhão por causa de aborto legal no Brasil
Quinta-feira passada, dia 26 de fevereiro um homem foi preso em Alagoinha (PE) acusado de estuprar sua enteada de 9 anos. A menina que estava grávida de gêmeos se queixou de dores para a mãe. Quando foi levada ao médico pela mãe descobriram que ela estava na 16a semana de gestação.
A decisão da justiça foi autorizar a menina a abortar a gestação, isso porque ela tem apenas 33 quilos e sofreria riscos de vida com sua gravidez. Era uma questão de preservar a vida da menina.
O arcebispo da igreja católica de Olinda e Recife, dom José Cardoso Sobrinho, excomungou a mãe e a equipe médica envolvida no procedimento. De acordo com ele o responsável pela menina não pode ser excomungado pois ele cometeu um crime, mas não está incluído no que pode levar a excomunhão.
Aos excomungados fica proibido o recebimento de sacramentos como batismo, comunhão, crisma e casamento.
De acordo com os mandamentos da igreja católica deve ser excomungado quem comete profanação das espécies sagradas, violência física contra o Pontífice, absolvição por um sacerdote do cúmplice do pecado da carne, consagração ilícita de um bispo sem mandato pontifical, violação direta do segredo da confissão, apostasia, heresia, cisma e aborto.
Mas o mais importante nisso tudo é saber até quando a igreja vai continuar se metendo onde não é chamada? Até quando a igreja vai ficar contra a ciência?
Estima-se que aproximadamente 46 milhões de abortos induzidos são realizados por ano no mundo, com 20 milhões de abortos ilegais. Um milhão dos abortos induzidos acontecem no Brasil, onde o aborto é legal no caso de estupro ou risco de vida materno. O que fazer com a saúde a vida de todas essas mulheres? Disso a igreja não fala nada, né mesmo?









Postar um comentário